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sábado, 11 de outubro de 2014

ISABELLA NARDONI: UM CASO QUE CHOCOU O BRASIL
Isabella Nardoni: garota morta
em 29 de março de 2008


Na noite de 29 de março de 2008, a garota Isabella de Oliveira Nardoni, que na época tinha cinco anos de idade, foi arremessada do sexto andar de um edifício em São Paulo. Durante muito tempo, era quase que obrigatória a vinculação de notícias relacionadas ao caso em todos os telejornais e portais de notícia de cobertura nacional, com informações que definiriam o futuro dos principais envolvidos: Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de  Isabella Nardoni.







O LOCAL DO CRIME

O caso ocorreu no Edifício London, localizado na rua Santa Leocádia, 138, na Zona Norte de São Paulo. Quando a menina foi encontrada, pelo porteiro do prédio, chegou a ser socorrida pelos bombeiros, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital.


Edifício London: Local onde ocorreu a morte de Isabella Nardoni


A VERSÃO DO PAI

Alexandre Nardoni, bacharel em direito, afirmou em depoimento para a polícia o seguinte: O casal estava voltando para seu apartamento. Isabella, filha de Alexandre, e as outras duas crianças filhas do casal, estavam dormindo. Alexandre saiu do carro e subiu para colocar Isabella na cama. Alexandre saiu para ajudar Ana Carolina Jatobá a levar as duas outras crianças, uma com 3 anos e outra com 11 meses. Quando voltou ao apartamento, a tela da janela do quarto dos meio-irmãos de Isabella estava cortada e Isabella estava caída no gramado seis andares abaixo, em frente ao prédio. Alexandre afirma que demorou de 5 a 10 minutos entre as duas idas ao apartamento.

AS INVESTIGAÇÕES

A polícia logo descartou a possibilidade de acidente. Ao se encontrar manchas de sangue no quarto e um buraco na tela da janela de onde Isabella caiu, foi reforçada a possibilidade de homicídio. Depoimentos afirmavam que havia uma "excelente relação" entre a mãe da menina e a família do pai. Mas esses depoimentos se contradiziam com outros, principalmente de vizinhos, que diziam que as brigas entre o casal eram constantes na presença de Isabella. No dia do ocorrido, uma vizinha afirmou ter escutado gritos de socorro vindos de uma criança.
No dia 1° de abril, saíram os primeiros laudos do IML apontando indícios de asfixia antes da queda de Isabella. Outros dois depoimentos falam sobre os gritos de "Para, pai! Para, pai!", mas essas pistas foram descartadas por não encaixarem com a cronologia do ocorrido. De acordo com um delegado que acompanhava o caso, três pontos eram o que menos se encaixavam, uma vez que não havia indícios de arrobamento do apartamento, não havia falta de nenhum pertence do casal e não havia nenhum indício de que algum estranho tivesse adentrado no apartamento. Havia vômito de Isabella na camisa de Alexandre, provavelmente vindo da asfixia por esganadura ou sufocamento.
Havia vestígios de sangue no apartamento do casal, nos quartos, corredor, maçaneta da porta de entrada e no lençol da cama onde Alexandre disse ter colocado Isabella para dormir. Entretanto, uma das provas mais fortes contra o casal é o sangue encontrado no carro da família, que comprovaria que a garota já vinha sendo agredida no caminho para casa. 


O DESFECHO

Depois de muitas discussões e julgamentos, o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram presos por homicídio, no dia em que Isabella Nardoni completaria seis anos de idade.


 E A BIOQUÍMICA?
LUMINOL
Um fator bastante importante no proceder da resolução do caso Isabella Nardoni foram os achados de marcas de sangue, tanto em alguns locais do apartamento do casal quanto no carro de Alexandre Nardoni. Hoje, a perícia e a Medicina Legal encontra marcas de sangue mesmo que o local tenha sido limpo, através do luminol. 
Fórmula química do Luminol
O luminol primeiramente se encontra em forma de pó, e esse pó é misturado com um líquido que contém, dentre várias substâncias, água oxigenada (peróxido de hidrogênio, H2O2) e uma base (OH-). Essa reação produz o efeito da quimioluminescência, caracterizada pela liberação de luz forte o suficiente para ser vista no escuro. Entretanto, a reação do luminol com os outros reagentes é extremamente lenta, e necessita de um catalizador para se processar mais rapidamente. No caso de busca por manchas de sangue em locais suspeitos, o catalisador é o ferro, encontrado na molécula de hemoglobina, a substância que dá a cor vermelha no sangue.
Molécula de Hemoglobina. Observe que na constituição da molécula, existe um átomo de ferro.
Esse átomo é o que cataliza a reação que caracteriza a quimioluminescência do luminol.
Observe que, quando as luzes estão apagadas, o brilho do luminol é bastante
perceptível, indicando os locais onde houve contato com sangue
Dessa forma, pode-se perceber a importância do uso do luminol no caso de busca de evidências que foram mascaradas. Sérgio Pohlmann, perito criminalístico especializado em química legal, do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP) afirma que "É praticamente impossível alguém limpar o sangue de uma forma que o luminol não consiga identificá-lo". Segundo ele, "em uma pi completamente branca que seja várias vezes lavada com água e sabão, mesmo assim a substância encontrará indícios quando tiver sangue". (http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI2768337-EI8411,00.html).

REFERÊNCIAS:
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funciona-o-luminol
http://acienciafacil.blogspot.com.br/2012/01/encontrando-vestigios-de-sangue-luminol.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI2768337-EI8411,00.html
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/08/laudo-dos-eua-diz-que-marcas-em-isabella-nardoni-nao-sao-de-maos.html
http://g1.globo.com/sao-paulo/caso-isabella/index.html
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/fovest/fo2406200805.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Isabella_Nardoni
http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=207515