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terça-feira, 11 de novembro de 2014

7a POSTAGEM: EXTRAÇÃO DE DNA

Continuando o conteúdo das postagens anteriores, hoje daremos prosseguimento ao tema "extração de DNA" com novas informações. De início, é válido afirmar que não são poucos os casos em que a disponibilidade de material genético para análises forenses é bastante escassa, podendo ser fios de cabelo, gotas de esperma, resquícios de saliva, restos celulares em dentes arrancados ou sob unhas, sangue, ossos e tecidos de cadáveres decompostos; escarro, suco pancreático, bile e outros fluidos corpóreos que possam ser congelados e guardados, ou encontrados em diferentes situações.

Desvendar o que está escondido no DNA é informação
imprescindível para a medicina forense.

Tendo em vista essa situação, é de grande importância pesquisar métodos alternativos de extração de DNA que possam ser rápidos, práticos, baratos, livres de contaminação e de toxicidade e eficazes no que tange à quantidade, qualidade e possibilidade de amplificação por PCR, do DNA extraído. Isso pode possibilitar a aplicação da pesquisa em outros estudos, como diagnósticos retrospectivos, identificação de indivíduos, estudos populacionais, envios de amostras à distância e aplicações na Medicina Forense.
PCR - Reação em Cadeia da Polimerase - é um método importante
e frequentemente usado após a extração do DNA
Na última postagem abordamos um pouco sobre uma técnica de extração de moléculas de DNA a partir da mucosa bucal. Entretanto, a utilização das células obtidas através de esfregaço bucal para a obtenção de DNA tem sido criticada por alguns autores pela variação no rendimento e qualidade do DNA obtido.

Pesquisadores relatam a importância da obtenção de DNA por métodos não invasivos, mesmo que em pequenas quantidades, principalmente em recém-nascidos. O grupo utilizou um protocolo específico para a obtenção de DNA diretamente da amostra biológica sem a necessidade de manipulação amplificando o genoma global e gerando uma grande quantidade de DNA a partir de poucas células em comparação ao método convencional de extração e purificação.

Um ponto importante faz referência à extração de DNA por amostras de sangue. No entanto, em muitos laboratórios, amostras de sangue coletadas para sorologia não utilizam anticoagulante e são descartadas, por serem inviáveis para os estudos genéticos, uma vez que a extração de DNA genômico destas amostras é dispendiosa e os resultados não são satisfatórios.

Extração de DNA de uma amostra de sangue é um
 método sujeito à vários fatores externos
Com isso, uma técnica rápida e eficiente de extração de DNA de sangue coagulado se faz necessária, uma vez que materiais biológicos que podem ser utilizados para muitos estudos genéticos são descartados rotineiramente. Além disso, esta metodologia pode representar mais uma opção para a extração de DNA de amostras cujo anticoagulante foi ineficaz.

A qualidade de um produto está diretamente relacionada com a qualidade dos processos a que é submetido. A compreensão dos fatores que estão envolvidos direta ou indiretamente no processo de extração de macromoléculas é fundamental para o resultado final do processo. A concepção de fatores, como tipo de fixador, utilização (ou não) de descalcificadores e tipo de tecido, é um dos aspectos que vai influenciar a extração. Essa compreensão é importante na definição de qual método de extração será utilizado.

Assim, um estudo prévio de todo o sistema, desde o tipo de tecido até a escolha do método de extração e purificação, trará informações de possíveis fatores adversos que podem vir a influenciar na qualidade das macromoléculas. Caberá ao pesquisador interpretar e tentar solucionar ou minimizar o problema.

Fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842004000400001&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822009000600008&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352004000100017&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842004000400008&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v47n5/v47n5a08.pdf