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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

EDUARDO CAMPOS: A MORTE QUE PEGOU DE SURPRESA

Eduardo Campos: Candidato à presidência morto em acidente aéreo
O ACIDENTE

Marina Silva: Vice de
Eduardo Campos e candidata
à presidente após o acidente
que matou o presidenciável
Avião semelhante ao usado por Eduardo Campos
no momento do acidente
Eduardo Campos era candidato a presidente da república concorrendo pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) e tendo como candidata a vice presidente Marina Silva. No dia 12 de agosto de 2014, Eduardo Campos estava no Rio de Janeiro sendo entrevistado pelos âncoras do Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão. No dia seguinte, Eduardo Campos e sua equipe de campanha saíram do Rio de Janeiro, embarcados em um avião modelo Cessna Citation 560XLS+ de prefixo PR-AFA, em direção a Guarujá, para cumprimento de agenda de campanha. Aproximadamente meia hora depois da decolagem, o avião caiu em uma área residencial da cidade de Santos, matando todos as sete pessoas que estavam dentro, inclusive o presidenciável Eduardo Campos. Sete pessoas que não estavam a bordo ficaram feridas e foram encaminhadas para os hospitais da região. Dentre as principais causas do acidente, estava a má visibilidade no Guarujá, o que fez a aeronave arremeter o voo.
Local do Acidente
Vários países lamentaram a morte do candidato à presidência. Esse acontecimento provocou grandes mudanças no cenário político brasileiro. No lugar do presidenciável, entrou Marina Silva, anteriormente sua candidata a vice e, como novo candidato a vice, entrou Beto Albuquerque. Marina Silva ficou em 3° lugar no primeiro turno das eleições, ficando atrás da candidata do PT, Dilma Rousseff, e do candidato do PSDB, Aécio Neves.










Fotos do local do acidente
Perícia no estudo do caso e na localização dos corpos das vítimas


E A BIOQUÍMICA?
Uma das técnicas de laboratório utilizadas para manuseio do DNA em quantidades escassas, em caso de crimes ou para identificação de corpos (este exemplo se encaixa no caso de Eduardo Campos, visto que depois do acidente e explosão do avião, a identificação do corpo fica extremamente prejudicada) ,é a REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR), que é basicamente o aumento exponencial do DNA sem o uso de organismos vivos. A PCR é uma técnica baseia-se no processo de replicação do DNA que ocorre in vivo. Durante o PCR elevadas temperaturas desnaturam as moléculas de DNA e separam as duas cadeias simples, permitindo então a ligação de primers (oligonucleotídeos iniciadores), também em cadeia simples e geralmente constituídos por 15 a 30 nucleótidos, obtidos por síntese química. Então, os dois pares de primers são acrescentados na reação. Se a determinada sequência estiver presente na amostra, ela será multiplicada milhares de vezes, podendo configurar uma reação positiva.

Mecanismo da Reação em cadeia da polimerase

Mecanismo da PCR. Observe o crescimento exponencial
Termociclador: Instrumento usado para realizar uma PCR



FONTES:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Campos
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/08/eduardo-campos-e-entrevistado-no-jornal-nacional.html
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/08/1499718-presidenciavel-eduardo-campos-morre-em-acidente-aereo-em-santos-sp.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_do_Cessna_Citation_560_XLS%2B
http://www.jornalufgonline.ufg.br/pages/30634-reacao-em-cadeia-da-polimerase-pcr

9 comentários:

  1. Interessante o uso da PCR como forma de replicar as moléculas de DNA e assim obter uma quantidade necessária para que se possa realizar a técnica de eletroforese do DNA, explicada na primeira postagem. Entretanto, no caso do acidente envolvendo Eduardo Campos, acredito que mesmo com o uso dessa técnica a perícia encontrou muita dificuldade para identificar os corpos, pois os restos vivos estavam todos misturados, logo, a coleta de uma amostra de DNA que acredita-se que seja de determinado passageiro se tornou bastante complicada. Percebi também que, nesse caso, o uso da bioquímica foi excenssial para a identificação e confirmação das vítimas, porém não foi a responsável por descobrir a causa do acidente (ou crime?), assim como ocorreu nos casos anteriores apontados pelo blog. A investigação da caixa preta e análise mecânica do avião foram, na verdade, os responsáveis nesse quesito.

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  2. A técnica de PCR é importantíssima na medicina forense, mas tem diversas outras aplicações como em pesquisas, testes de paternidade e é importante para a replicação de genes sem a necessidade de se replicar também organismos vivos inteiros.

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  3. Geralmente após o crime o vestígios de DNA remanescentes são limitados, o que pode diflcultar a execução de testes. O primeiro passo de varredura do local é a coleta de amostras mais frágeis, como fios de cabelo que podem ser carregados pelo vento ou pedaços de unha. Essas amostras são então submetidas ao processo de amplificação do DNA através da reação em cadeia da polimerase(PCR). O equipamento para detectar a reação em cadeia da polimerase (PCR) utiliza a forma como o DNA cria uma cópia de si mesmo, dando aos criminalistas réplicas do DNA que podem ser examinadas. Esse avanço na tecnologia genética tem ajudado também a resolver casos que permaneciam sem solução há anos. Fonte: http://discoverybrasil.uol.com.br/guia_crime/crime_analise/crime_dna/index.shtml

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  4. A técnica do PCR pode ser vista como um avanço na área de pesquisa na medicina. Provas disso é o fato antes da invenção dessa técnica, o processo de amplificar o DNA utilizando a DNA polimerase de bactéria era manual, ineficiente, necessitava de muito tempo e de grandes quantidades de enzima, pois a cada novo ciclo era necessário adicionar nova enzima devido a sua destruição após desnaturação do DNA. Atualmente, com o novo processo, tem-se uma eficiência entorno de 78 a 97 por cento, mas que ainda representa um valor confiável.

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  5. A PCR é inteiramente realizada de forma bioquímica, ou seja, in vitro. A enzima DNA polimerase é a responsável pela síntese de DNA a partir de substratos de desoxinucleotídeos sobre um molde de DNA de fita simples. A DNA polimerase sintetiza DNA na direção 5' para 3' e pode adicionar nucleotídeos na extremidade 3' de um oligonucleotídeo sintético. Assim, produz-se sinteticamente uma nova cadeia de DNA com a sequência da cadeia antiga. Após se obter vários fragmentos de DNA, eles são submetidos a técnica de eletroforese, que irá separá-los de acordo com seu tamanho, formado uma imagem semelhante a um código de barras que irá servir para identificar o possível dono do determinado fragmento corporal, como ocorreu no caso do Eduardo Campos.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. É utilizada para amplificar regiões específicas de uma molécula de DNA. Pode ser um único gene, parte de um gene, ou uma seqüência não codificante; Muitos reações de PCR amplificam fragmentos de DNA com tamanho de até 10 Kb. Entretanto, outras também permitem a amplificação de DNA de até 40 Kb de tamanho. A PCR, mesmo como prática usual, requer vários componentes básicos. Esses componentes são:
     DNA molde: contem a região do DNA a ser amplificada.
     Um ou mais primers: oligonucleotídeos (15 a 30 bases); A DNA polimerase; Desoxinucleotídeos trifosfatos (dNTPs)
    É necessário que esta técnica seja aprimorada para uma maior solução de casos ainda não solucionados na medicina forense, afim de aumentar a justiça e o esclarecimento aos familiares e à população.

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  8. Como o foco está bastante ligado a técnica da medicina forense que utiliza PCR, é conveniente comentar as etapas desse processo tão útil para a ciência e para a justiça.
    Etapas do processo:

    Extração do DNA da amostra que se pretende estudar
    Purificação do DNA
    Preparação de uma mistura chamada Master Mix, que conterá todas as substâncias necessárias à sintese de novas cópias de DNA
    Incubação em um termociclador, que é o aparelho responsável pela execução de todos os ciclos da reação aquecendo e resfriando
    o/os tubo/s
    Eletroforese em gel de poliacrilamida dos produtos da PCR
    Revelação e fixação do gel

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  9. Uma das principais vantagens da técnica de PCR é a possibilidade de usar pequenas amostras de DNA para uma grande variedade de testes. Essa característica pode ter inúmeras aplicações, entretanto é especialmente importante sua aplicação na medicina forense, em que as amostras são bastante escassas e podem definir o futuro de um julgamento. Algumas das aplicações mais importantes dessa técnica são: Estudo do padrão de expressão gênica (transcritos raros); seleção de clones recombinantes; sequenciamento direto de produtos amplificados; detecção de mutações em genes específicos; estudos diagnósticos de doenças infecciosas; detecção de bactérias, vírus e protozoários parasitas; diagnóstico pré-natal em caso de risco; elucidação de relações evolutivas entre espécies, utilizando material arqueológico
    Fonte: http://www.icb.ufmg.br/mor/pad-morf/pcr2.htm

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